Monsanto (ou Monsanto da Beira) é uma freguesia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova,
com 131,76 km² de área e 829 habitantes (2011). Densidade: 6,3 hab/km².
Foi sede de concelho
entre 1174 e o início do século XIX.
Era constituído pelas freguesias da sede, Aldeia de João Pires, Aldeia do Salvador eToulões.
Tinha, em 1801, 2 139 habitantes.
Aldeia histórica de Portugal, Monsanto é
construída em pedra granítica.
Monsanto, avista-se na
encosta de uma grande elevação escarpada, designada de o Cabeço de Monsanto
(Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova e irrompe repentinamente do vale. No
ponto mais alto o seu pico atinge os 758 metros. A presença humana neste local
data desde o paleolítico.
A arqueologia diz-nos que o local foi habitado pelos romanos, no sopé do monte.
Também existem vestígios da passagem visigótica eárabe. Os mouros seriam derrotados por D. Afonso Henriques e, em 1165, o lugar de Monsanto
foi doado àOrdem dos Templários que sob orientações de Gualdim Pais,
que mandou construir o Castelo de Monsanto. OForal foi concedido pela primeira vez em 1174 pelo Rei de Portugal e rectificado,
sucessivamente, por D. Sancho I (em 1190) e D. Afonso II (em 1217).
Foi D. Sancho I quem repovoou e reedificou a fortaleza que, entretanto, fora destruída nas lutas contra o Reino de Leão. Seriam novamente reparadas um século mais tarde, pelos Templários.
Em 1308, o Rei D. Dinis deu Carta de Feira e, em 1510, seria El Rei D. Manuel I a outorgar de novo Foral e concedendo à aldeia a categoria de vila.
Em meados do século XVII,
Luís de Haro (ministro de Filipe IV de Espanha), tenta cercar
Monsanto, mas sem sucesso. No século XVIII,
o Duque Berwik também cerca Monsanto, mas o exército português comandado pelo
Marquês de Mina derrota o invasor nas difíceis escarpas que se erguem até ao Castelo. Monsanto
foi sede de concelho no período 1758-1853. Um grave acidente no século XIX destruiu o seu Castelo medieval, pela explosão do
paiol de munições.
Nas últimas décadas,
Monsanto tornou-se popularmente conhecida como "a aldeia mais
portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria
de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do
Relógio ou de Lucano.
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